HISTÓRIA

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Idade Antiga : Civilização Egípcia




Os egípcios habitaram o vale do rio Nilo a partir do Paleolítico. Ao longo do tempo, ocorreu o surgimento de comunidades dotadas de organização e independência que se chamam nomos. Os nomos foram agrupados em ambos os reinos (no Norte e do Sul) e no ano de 3200 a.C., o chefe de Estado que unificou a totalidade dos reinos num único reino foi o faraó Menés. Com o faraó, propriamente dito, tiveram início as grandes dinastias. A História do Egito é habitualmente dividida na periodização de grandes etapas:

ANTIGO IMPÉRIO (3200 a.C - 2300 a.C)

Após a unificação, a capital passou a ser Tinis, sendo transferida depois para Mênfis, na região do Cairo; Além de trabalhar na agricultura, a população era obrigada a participar da construção de obras de irrigação das aldeias e nomos, e na construção de grandes monumentos arquitetônicos, como as pirâmides. Esse período representou um longo momento de relativa estabilidade política e social. Após 2300 a.C, ocorre uma diminuição das enchentes do nilo, fome, pestes, revoltas sociais, fortalecimentos dos nomarcas e as disputas levam a fragmentação do poder político e consequente descentralização. O que facilitou as invasões asiáticas ao norte, na região do delta do Nilo.   

MÉDIO IMPÉRIO (2000 a.C - 1580 a.C)

Sob a liderança do faraó Mentuhotep II iniciou-se uma luta vitoriosa contra os nomarcas, restabelecendo o poder central e a unidade do império. A cidade de Tebas foi transformada na nova capital, e a administração centralizada, o que permitiu a ampliação dos canais de irrigação e a concentração, abrindo novas áreas para exploração agrícola. A prosperidade material com bse no trabalho servil resultou em majestosos templos e tumbas. Porém, a riqueza ainda era privilégio de poucos, a situação de penúria e o retorno de pressão por poder descentralizado por parte da nobreza, que reivindicava maior autonomia desafiava a autoridade do faraó e a coesão do Estado, facilitando assim a penetração estrangeira, com a chegada dos hebreus e pela invasão pelos hicsos. 

NOVO IMPÉRIO (1580 a.C - 525 a.C)

O domínio dos hicsos acabou unindo os egípcios contra o inimigo comum. Em Tebas, sob a liderança de Amósis I, iniciou-se uma insurreição que levou à expulsão dos invasores. A unidade política foi restabelecida inaugurando-se o Novo Império que foi considerado o apogeu da civilização. Por volta de 1250c.C., os hebreus, soba liderança de Moisés, conseguiram fugir do Egito, no episódio que ficou conhecido como Êxodo e está registrado no Antigo Testamento da Bíblia. 
Durante o Novo Império há uma expansão territorial, há o surgimento dos comerciantes, dependentes do palácio e dos templos mas já fazendo comércio dentro do Egito e na Ásia, incluindo o tráfico de escravos. Tutmés III consegue conquistar vastos territórios, chegando ao Sul próximo ao Sudão, e a leste, a Mesopotâmia, subjugando os sírios e fenícios. Com o faraó Amenófis IV, fechou templos e confiscou bens de valor da divindade Aton, buscando profundas reformas político-religioso, o que tendia para uma substituição do politeísmo centrado no deus Amon-Ra para uma valorização ao deus Aton, representado pelo círculo solar, aproximando-se a um culto quase monoteísta (o próprio faraó mudou seu nome para Akhenaton "aquele que adora Aton") e fundou uma nova capital. Com a sua morte, Tutancâmon restabeleceu a religião tradicional. 

As conquistas militares foram retomadas no reinado de Ramsés II que derrotou diversos povos asiáticos, como os hititas. Após o seu reinado, mais uma vez esfacelou-se o poder central e teve início o período de decadência. As lutas entre sacerdotes e também faraós aprofundou ainda mais a crise. Em 1100 a.C. O Egito voltou a se dividir em dois reinos Alto e Baixo, com governos rivais, o que estimulou a invasão dos assírios em 662 a.C. sob o comando de Assurbanipal.

ÉPOCA BAIXA (653 a.C. - 332 a.C.) 

O Egito ainda voltaria a ser independente durante um breve período denominado de Renascimento Saíta. Esse período teve início quando Psamético I liderou uma sublevação contra os assírios e tornou-se faraó. Houve um desenvolvimento notável no comércio, tendo o faraó Necao financiado uma expedição fenícia que contornaria a costa africana.

Uma nova série de lutas internas e sublevações camponesas abrem caminho para novas invasões estrangeiras: em 525 a.C, os persas, comandados por Cambises, derrotam os egípcios na batalha de Pelusa e conquistam definitivamente a região. O Egito deixa de ser independente por pelo menos 2500 anos, período que tornaria sucessivamente província do Império Persa, território ocupados por macedônios, romanos, árabes, turcos e ingleses.  

Durante o período macedônico, permitiu a penetração das ideias gregas. Esse domínio instaurou uma dinastia chamada ptolomaica ou lágida, à qual pertenceu Cleópatra, seu filho com o imperador romano Júlio César foi o último rei desta dinastia. Depois disso, a região caiu sob domínio romano, e mais tarde árabe.  

Nos tempos da modernidade contemporânea do século XX, os países que dominavam politicamente o Egito foram a França e o Reino Unido, até o seu povo ver proclamada a sua independência nacional em 1962, como país moderno com governo próprio.

ECONOMIA, SOCIEDADE E CULTURA


A economia egípcia apoiava-se na servidão coletiva: os camponeses eram obrigados a realizar grandes obras de irrigação coordenadas pelo Estado. O Egito era um grande produtor de cereais, trigo, algodão, linho e papiro. Criavam cabras, carneiros, gansos e abundância de peixes. Desenvolviam também o artesanato, a produção de vidros e construção de navios.

Em relação a sociedade, sua organização era bastante rígida. Bem no topo estava o faraó com sua extensa família. Abaixo na hierarquia estavam os sacerdotes, os grandes burocratas e os chefes militares. Essa elite descendia das grandes famílias dos nomarcas. Em seguida vinha a baixa burocracia, formada pelos escribas (conhecedores da escrita e responsáveis pelos registros administrativos), também os comerciantes. Na base, era formada pela grande massa de camponeses submetidos aos trabalhos compulsórios e pela obediência ao Estado. Podendo encontrar também os escravos, capturados nas guerras.

A religião foi muito importante para manutenção da ordem existente. Tratava-se de um culto politeísta, reflexo da diversidade dos nomos e divindades que deram origem a civilização. Os egípcios acreditavam em vida após a morte e no retorno da alma ao corpo, por isso cultuavam os mortos e desenvolviam técnicas de mumificação para conservar os corpos. Essa prática permitiu o maior conhecimento da anatomia humana, tornando possível a realização de intervenções cirúrgicas e o tratamento de doenças do estômago, coração e de fraturas.


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